sábado, 30 de agosto de 2014

Quem vende o voto não pode reclamar

Olá, amigos, segue mais um artigo de opinião produzido no Colégio Estadual Manoel Messias Feitosa, em Nossa Senhora da Glória - SE, por ocasião das oficinas da Olimpíada de Língua Portuguesa "Escrevendo o Futuro", edição de 2014. Vamos a ele:

PONTO DE VISTA

QUEM VENDE O VOTO NÃO PODE RECLAMAR


A compra de votos é algo muito comum durante o período em que se realizam as eleições. Através dela os políticos que detém maior poder econômico conseguem influenciar um grande número de eleitores, interferindo dessa forma nos resultados finais. Ou seja, acabam por ganhar as eleições de maneira não ética.

Segundo o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cidade de Nossa Senhora da Glória, em Sergipe, possui cerca de 34.000 habitantes. Na última eleição, realizada em 2012, o Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE) divulgou que neste município há aproximadamente 22.000 eleitores. É indiscutível que todas essas pessoas têm o direito de escolher seus representantes e exercer a sua liberdade democrática sem sofrer más influências. Assim, o ideal é que as eleições sejam um processo limpo e ético.

Entretanto, em todas as eleições, candidatos mal intencionados visitam as casas de famílias e oferecem dinheiro, favores e objetos, prometendo a esses cidadãos que, se forem eleitos, irão realizar melhorias nas áreas da educação, saúde e segurança. Segundo se sabe, em 2012, durante as eleições municipais aqui em Nossa Senhora da Glória, houve denúncias de compra de votos por parte de ambos os candidatos que concorreram às eleições. Essa prática, que vem se repetindo já há muitas eleições, mostra não apenas a deslealdade do candidato para com os seus opositores, mas, principalmente, para com os seus eleitores, pois cada um tenta passar à frente por meios fraudulentos.

Do outro lado da questão, as pessoas menos esclarecidas, acreditando, naquele momento, que seus problemas serão resolvidos, acabam caindo na lábia desses candidatos e acham que essa foi a melhor escolha que podiam fazer. Como consequência, tornam-se corruptas tanto quanto aqueles que lhes ofereceram as vantagens.

Sem dúvidas, a partir do momento em que o cidadão vende seu voto passa a não ter o direito de cobrar ao candidato que este cumpra suas obrigações de seu representante, quais sejam: realizar as promessas que foram feitas na campanha. Além disso, agindo dessa forma, o eleitor está trocando o bem estar de toda a comunidade em que vive pelo seu benefício próprio.  Assim, os problemas da comunidade persistem e o cidadão fica na mesma situação até as próximas eleições.

Do meu ponto de vista, se o eleitor não conhece um candidato, não está de acordo com suas propostas, ou desconfia de seu caráter, existem outras opções, até protestar votando em branco ou nulo, mas não se deve vender o voto, pois fazendo isto o eleitor estará prejudicando o seu direito de cidadão e, ao contrário do que pensa, não estará tirando proveito algum dessa situação. Sem dúvida, vivendo na sociedade em que vivemos e conhecendo as pessoas como conhecemos, todos podem ver que essa conduta não leva a nada, porque é algo que vemos acontecer de forma constante e é justamente isso que gera o caos que presenciamos na saúde, na educação e em outras áreas. Essa prática não favorece a ninguém, pois todos acabam sofrendo e arcando com as consequências.

Enfim, a sociedade, como um todo, deve melhorar, é preciso pensar na  coletividade e não apenas nas vantagens pessoais, pois a situação em que vivemos não é a ideal para ninguém. Para mudar efetivamente esse quadro, de um lado, os representantes devem agir com mais lisura, a fim de desenvolverem melhor seu papel e atenderem aos anseios dos cidadãos e do outro, os cidadãos devem também ser éticos e não venderem seu voto, para que possam cobrar de seus representantes as melhorias necessárias.

Bárbara Silva - 3º D

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